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Revolução no tratamento da epilepsia com IA

Projeto britânico usa IA para prever resistência a medicamentos na epilepsia, visando tratamentos mais eficazes e personalizados.

Uma colaboração entre a Universidade de Swansea e o King’s College London recebeu uma bolsa de £1,1 milhão do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido para estudar a epilepsia resistente a medicamentos. O projeto reúne médicos, cientistas de dados, especialistas em inteligência artificial (IA) e membros da Shape Network do Epilepsy Research Institute, que têm experiência direta com a condição.​

Desafios da epilepsia resistente

A epilepsia afeta cerca de 600.000 pessoas no Reino Unido, e aproximadamente 30% desses pacientes não respondem aos tratamentos convencionais com medicamentos. Essa resistência leva a convulsões contínuas, problemas de memória e distúrbios de humor, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.​

Tecnologia a favor do tratamento

Os pesquisadores utilizarão processamento avançado de linguagem natural, IA e dados de saúde anônimos para prever melhor quem desenvolverá resistência aos medicamentos e como os tratamentos podem ser priorizados. O objetivo é identificar padrões que possam indicar a resistência antes que ela se manifeste clinicamente, permitindo intervenções mais eficazes e personalizadas.​

Declarações dos líderes do projeto

O Dr. Owen Pickrell, da Universidade de Swansea, destacou a oportunidade única de combinar dados clínicos do mundo real com IA de ponta para beneficiar pessoas que vivem com a doença. Ele afirmou: “Ao combinar IA de ponta com dados clínicos reais, temos uma oportunidade única de entender melhor a epilepsia que não responde ao tratamento e ajudar as pessoas que vivem com a condição.”​

O Professor Mark Richardson, do King’s College London, co-líder do projeto, acrescentou: “Nossos dois centros, King’s e Swansea, trabalharam anteriormente de forma independente para desenvolver métodos de ponta para extrair informações relevantes de milhares de registros de saúde. Agora, uniremos forças para acelerar nosso progresso.”​

Importância da pesquisa

Annee Amjad, do Instituto de Pesquisa de Epilepsia, também elogiou o projeto, observando que ele aborda várias das principais prioridades de pesquisa do Reino Unido sobre epilepsia. Ela afirmou: “O Instituto de Pesquisa de Epilepsia está entusiasmado em fornecer apoio, através da Shape Network, para este trabalho que aborda várias das dez principais prioridades para a pesquisa em epilepsia no Reino Unido.”​

Implicações futuras

Este projeto representa um passo significativo na busca por tratamentos mais eficazes para a epilepsia resistente a medicamentos. Ao identificar precocemente os pacientes propensos à resistência, os médicos poderão ajustar os tratamentos de forma mais eficaz, melhorando os resultados e a qualidade de vida dos pacientes.