A AIE alerta que, embora a IA possa aumentar a eficiência energética, sua enorme demanda por energia pode sobrecarregar os sistemas de energia, a menos que seja regulamentada cuidadosamente, o que pode causar um retrocesso nos esforços de sustentabilidade.
O avanço da inteligência artificial (IA) está impulsionando uma demanda energética sem precedentes. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), até 2030, a IA poderá consumir quase tanta energia quanto o Japão consome atualmente, sendo os data centers os principais responsáveis por essa alta demanda.
A AIE prevê que o consumo de eletricidade dos data centers deve mais que dobrar até o final da década, com alguns centros de IA utilizando até 20 vezes mais energia do que a média. Esse cenário levanta preocupações quanto ao impacto ambiental da IA e à sustentabilidade do crescimento tecnológico.
Apesar dos riscos, o relatório da AIE também destaca o potencial positivo da IA. A tecnologia pode ser uma aliada na redução das emissões de gases de efeito estufa, por meio da otimização de processos industriais, projetos de redes de energia renovável e melhorias na eficiência energética.
Contudo, especialistas alertam que, sem regulamentações adequadas, a rápida expansão da IA pode sobrecarregar os sistemas elétricos e intensificar a dependência de combustíveis fósseis, agravando a crise climática.
Medidas para reduzir esse impacto incluem o uso da IA para desenvolver soluções energéticas inteligentes, gerenciar infraestruturas críticas e aperfeiçoar o transporte urbano. Mesmo assim, há quem diga que os benefícios sustentáveis da IA podem ser superados pelo seu alto consumo energético, caso os governos não adotem políticas rigorosas.
Claude Turmes, ex-ministro da Energia de Luxemburgo, criticou a visão otimista do relatório da AIE, defendendo regulações mais firmes para evitar riscos sérios aos sistemas de energia globais.
